
Neste dia 24 de fevereiro celebramos os 93 anos da conquista do voto feminino no Brasil , uma data que representa um marco para a democracia. Mas é importante destacar que após quase um século, as mulheres ainda enfrentam barreiras para ocupar espaços de poder. Ainda precisamos avançar muito mais.
Para se ter uma ideia, nas eleições de 2024, houve uma redução de 27 mil candidaturas femininas para os legislativos municipais, apesar de as mulheres representarem 51,8% da população e 52,5% do eleitorado. No Congresso Nacional, as mulheres ocupam apenas 18% das cadeiras, com 91 parlamentares entre os 594 eleitos.
E essa sub-representação feminina impacta diretamente a formulação de políticas públicas essenciais, como o combate à violência doméstica, a licença-maternidade e a igualdade salarial.
O direito ao voto abriu portas, mas garantir a presença efetiva das mulheres nos espaços de decisão ainda é um grande desafio.
É preciso fortalecer as políticas públicas e mecanismos de fiscalização para garantir que as mulheres não apenas disputem eleições, mas tenham reais condições de serem eleitas e exercerem seus mandatos com segurança e autonomia.
A criminalização da violência política de gênero e a ampliação da fiscalização sobre o cumprimento das cotas de candidatura são passos fundamentais para mudarmos esse cenário.