Os candidatos a presidente do PT não podem ser simplistas a ponto de resumir a história do nosso partido ao momento atual pautando a crise nos debates internos sob pena de potencializar ainda mais o descontentamento da militância petista

Artigo publicado no Jornal de Beltrão, em 18/08/2005 - Página 3

Os candidatos a presidente do PT não podem ser simplistas a ponto de resumir a história do nosso partido ao momento atual pautando a crise nos debates internos sob pena de potencializar ainda mais o descontentamento da militância petista. São 25 anos de muita luta onde cada um contribuiu para escrever essa bela história de construção democrática; de organização social; de criação de sindicatos, entidades, cooperativas solidárias e de mecanismos que permitissem efetivamente a participação popular nas administrações públicas.

São 25 anos de conquistas sociais e eleitorais. A cada eleição, nosso partido foi crescendo e chegamos a eleição vitoriosa do presidente Lula o que fez com que avançássemos ainda mais e hoje vivemos outra realidade. Podemos nos orgulhar de muitas coisas que este governo já realizou e acreditamos que muito será feito pela frente, e reconhecemos que muito ainda ficará por fazer.

Voltando a eleição dos candidatos a presidentes podemos simplificar e concluir que se podemos responsabilizar meia dúzia pela crise, devemos então dar os créditos destas conquistas aos mesmos. Mas não somos assim, somos por ideologia um coletivo. Sabemos que a soma de todos é o resultado daquilo que foi bom, mas temos que ser responsáveis e admitir que a crise atual atinge todos. Então ao invés de dar ênfase a crise vamos aproveitar esse momento crítico, de muita reflexão para dar publicidade as coisas boas do nosso partido e do nosso governo.

Orçamento participativo, transparência, ética, luta contra a corrupção, luta contra a concentração de renda, luta contra o nepotismo, luta pela moradia, luta pela terra, dentre outras são bandeiras que todos nós sempre levantamos e agora todos deixamos em meia altura. Talvez seja esta a hora de levantarmos novamente para mostrarmos que é quem aos nossos adversários e ao povo brasileiro.

Temos um projeto de sociedade e devemos nos somar para conquistá-lo e compreender que as diferenças internas devem ser a nossa força para enfrentarmos democraticamente todos aqueles os nossos adversários. À direita e o neoliberalismo estão unidos contra o nosso projeto de sociedade e nós estamos acuados. Se não levantarmos a cabeça, ocupando nosso espaço, seremos derrotados e nos arrependeremos no futuro. Vamos a Luta!

** Milito no PT desde quando atingi a maioridade. Já participei nos movimentos estudantis como a UPE e a UNE. Fui candidato à vice-prefeito e nessa historia política de mais de 10 anos ninguém não deixei nada a desejar, por isso nunca falaram e jamais falarão de mim. Este é meu orgulho. E minha felicidade maior é que a minha história é igual à de mais de 800 mil filiados comprometidos com a luta.

(*) Leones DallAgnol é coordenador do mandato do deputada estadual Luciana Rafagnin (PT).

Comentários:

“Li o artigo escrito pelo Leones Dall´Agnoll, publicado no Jornal de Beltrão de hoje (18/08/2005), e achei interesantíssimo. Acho que esse tipo de matéria também deve fazer parte dos informativos eletrônicos da Deputada Luciana, para pordermos ter uma idéia da crise de ambos os lados, e não apenas a opinião da imprensa que visa uma maior audiência, assim, mostrando apenas oque interessa a eles”.

Roberto Maccari Jr., de Francisco Beltrão, PR (robertomacjr@hotmail.com)

“Muito bem companheiro, a luta continua. Meu pai já dizia, quando se está na luta e a luta é boa, que se afaste os que não prestam, os que estão atrapalhando a luta. Se a luta do PT é boa, nós é que não vamos se afastar. Vamos sim resgatar a nossa luta, que sempre foi na defeza dos menos favorecidos, os que mais precisam, que é a mioria do povo brasileiro. Abraços, Saudi Mensor”.

Saudi Mensor, de Francisco Beltrão, PR (mensor@netconta.com.br)

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