O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma avaliação positiva de sua viagem à Europa, que terminou nesta segunda-feira e incluiu a participação na reunião do G-8, grupo que reune os sete países mais ricos do planeta e a Rússia.
Mas os principais resultados da viagem, de acordo com o presidente, devem vir não de seus encontros com líderes dos países ricos, e sim de contatos feitos com outros importantes governos de nações em desenvolvimento que também estiveram na cidade francesa de Evian, conforme informou a BBC Brasil.
“Vamos intensificar ainda mais os contatos com países que considero importantes, como a China, a Índia, a Rússia”, disse Lula pouco antes de embarcar de volta para o Brasil. “Os contatos que eu fiz aqui foram de extraordinária relevância para o futuro do Brasil.” Lula fez sucesso entre os suíços, entre os quais é forte o sentimento de que é preciso melhorar a globalização. Enquanto o jornal Tribune de Genève chegou a considerá-lo a maior estrela da reunião de Evian, a rede de TV TSR transmitiu uma comprida entrevista com ele, por volta das 19h30, no seu principal noticiário do horário nobre.
Nesta segunda-feira, antes de seguir para Genebra, Lula se reuniu em Lausanne com o líder chinês Hu Jintao. Nos dias anteriores, já havia conversado com o presidente russo, Vladimir Putin, além do americano, George W. Bush, e outros governantes presentes ao encontro de Evian.
“Queremos mais oportunidades de negociações entre os países em desenvolvimento, pois isso reforça nossa situação em relação aos países desenvolvidos”, disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, nesta segunda-feira. Amorim disse que já estão agendados encontros de nível ministerial com a Índia e a África do Sul, a fim de começar a afinar estas relações. Lula deve visitar neste ano cinco países da África, além de Estados Unidos (duas vezes), Espanha, Portugal, Grà-Bretanha e Itália (incluindo o Vaticano).
O presidente também disse que gostaria de visitar países árabes e ainda recebeu convites para ir à Rússia, à Índia e à China,dependendo da negociação de datas, segundo Amorim.