Deputada propõe que hospitais divulguem a familiares autorizados informações atualizadas sobre estado de saúde dos pacientes em tratamento das demais enfermidades, similar ao que já fazem os laboratórios de análises clínicas com exames e diagnósticos.

Curitiba, PR (03/08/2020) – Não bastassem as privações do isolamento e do distanciamento social em si, os sofrimentos causados pela Covid-19, a falta de contato com familiares internados com a doença, as demais enfermidades não esperam passar essa pandemia, continuam acontecendo e levando as pessoas a buscarem atendimento nos hospitais para tratamentos, realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos e até internações. Quando deste último caso, os familiares se vêem sob as mesmas restrições impostas aos parentes de vítimas do novo coronavírus, a fim de reduzir os riscos de contaminação.

Para diminuir essa angústia e sofrimento das famílias, diante da ausência de contato com o paciente e de notícias atualizadas sobre seu estado de saúde, a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) protocolou nesta segunda-feira (3) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) um projeto de lei que visa estabelecer diretrizes para o acompanhamento a pacientes internados em instituições de saúde do estado, públicas e particulares, enquanto durar o estado de calamidade pela pandemia do novo coronavírus no Paraná.

A proposta prevê a divulgação, por meio de boletins eletrônicos, mediante autorização prévia do profissional responsável pelo tratamento, de informações básicas a respeito da saúde do paciente internado. Como as condições de alimentação, procedimentos cirúrgicos indicados ou realizados, horário de realização desses procedimentos, quadro clínico e quaisquer outras informações que a equipe médica considerar pertinentes de serem repassadas aos familiares. O acesso às informações se fará mediante o número de identificação do paciente e senha pessoal por integrante da família previamente cadastrado para esse fim.

A deputada lembra que a implantação do serviço se dará por equipamento e tecnologia disponibilizados pela instituição de saúde e sob o gerenciamento de sua equipe de profissionais da área. Luciana cita, na proposição legislativa, o exemplo dos laboratórios de análises clínicas que disponibilizam aos clientes, pela internet e aplicativos, as informações de diagnósticos e resultados de exames. “É uma forma de levar conforto e tranquilidade às famílias neste momento. Temos visto, na medida do possível, essa sensibilidade com os pacientes e familiares de pessoas internadas com a Covid-19, até pelo benefício que a atenção promove na reação à doença”, argumenta a deputada. “Precisamos estender também aos demais internamentos e, com isso, diminuir a angústia pela espera e ausência de notícias sobre o estado de saúde dos seus familiares”, completa a deputada.

O médico e deputado estadual Michele Caputo (PSDB), vice-presidente da Comissão de Saúde da Casa, também assina a proposta. Luciana reforça que, após implantado o serviço, diante da necessidade do momento e enquanto durarem as restrições embutidas no decreto de estado de calamidade pública no Paraná, ele poderá, inclusive, ter continuidade após passada a pandemia do novo coronavírus, vindo a se configurar em um atendimento a mais, humanizado, para amenizar a dor e o sofrimento das pessoas em tratamento de saúde. “O carinho e a atenção também curam, também fortalecem e ajudam no restabelecimento dos enfermos”, conclui a deputada.

Autor: Thea Tavares

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