<a href="https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-hispanica-em-pe-sobre-fundo-isolado-cobrindo-os-olhos-com-as-maos-e-fazendo-gesto-de-parada-com-expressao-triste-e-de-medo-conceito-envergonhado-e-negativo_38869312.htm#query=violencia&position=49&from_view=keyword&track=sph&uuid=dfbd1df4-ee92-4aa8-9009-6ecf5b7b300d">Imagem de krakenimages.com</a> no Freepik

Lutar pela valorização de suas conquistas e respeito de seus direitos, é uma batalha que nós mulheres enfrentamos diariamente. A defesa por ser mulher é um ato permanente de sobrevivência no Brasil, um país onde o machismo é muito enraizado, a ponto de até mulheres tomarem atitudes machistas e discriminatórias contra suas semelhantes.

Por isto, a luta pela defesa e pelos direitos da mulher tem sido uma bandeira que carrego em minha vida, em especial a política. Vim do interior do Rio Grande Do Sul, de Mariano Moro, e muito criança fui para Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. Nesse convívio no campo, tive que lutar muito para garantir o respeito aos direitos básicos das mulheres. Ainda há muito a fazer, como a estruturação do Estado no acolhimento da mulher, com Delegacia da Mulher no Interior do Paraná.

A violência contra mulher, em especial a doméstica, é alta no Estado. Enquanto você ler este parágrafo uma mulher terá sofrido um ato violento, que poderá causar a morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

Estamos falando em mais de 234 mil ocorrências registradas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, sem contar aqueles que não foram notificados por medo ou ameaças. E ano após ano, esses números só aumentam, como aconteceu entre 2002 para 2023, quando cresceu 5%.

Este fenômeno cultural brasileiro provoca situações tristes que as mulheres vivem mesmo depois de agredidas. Em muitas vezes a violência é justificada e a mulher culpada de sua própria dor. Não é raro ouvir frases como: “Ela deve ter feito alguma coisa para ter apanhado”, “Ou porquê você quer prejudicar o seu marido”. Em sua totalidade os casos de agressões são feitos por companheiros, namorados ou maridos dessas mulheres.

A falta de sensibilidade, que acontece em delegacias ou na Justiça, é estrutural. Por isto, tenho me empenhado na implantação de leis que melhorem o anteparo do Estado na defesa da mulher e de seus filhos, vítimas dessa violência.

Defendi no projeto de Lei 161/2022, que a mulher ganhe suporte financeiro para poder se libertar do julgo de um relacionamento abusivo, o qual ela fica presa por falta de recursos para poder sair de casa.


Outra medida, do projeto 218/2022, é a criação do Serviço de Denúncia de Violência contra a mulher via número de Whatsapp, para agilizar o envio da Polícia para proteger essa mulher. A rapidez para fazer a denúncia pode salvar vidas!

E nesse projeto defendo a proteção e atenção aos órfãos do feminicídio do Estado do Paraná.

Também apresentei projeto para que as cidades, onde não existem Delegacias da Mulheres, haja uma sala separada nas delegacias que possam fazer a acolhida às vítimas da violência doméstica.

Sou favor do endurecimento das sanções contra o agressor. Por isso apoio a recomendação do Ministério da justiça que quer instituir a tornozeleira eletrônica nos casos de violência doméstica. Isso vai permitir o monitoramento dos agressores, que muitas vezes, mesmo depois de denunciados, retornam buscando cometer novos delitos contra as suas ex-companheiras.

Entendo que a violência contra a mulher é um ato covarde e que deve ser abominado por toda a sociedade. É covarde porque o homem que bate numa mulher busca subjugá-la, bem como os filhos desse relacionamento.

É preciso reverter esse cenário, em que a mulher é uma estatística de dor e sofrimento, e valorizar a mulher por suas conquistas. Somos capazes de tudo. Capazes de mudar o mundo e enfrentar quaisquer situações difíceis! Precisamos mudar essa cultura machista e permitir que surjam milhares, como Jaqueline Goes de Jesus. Essa cientista baiana foi a primeira pesquisadora do mundo a decifrar o genoma do Covid-19, que permitiu a elaboração das vacinas.

Juntas podemos melhorar o mundo, mas para isto precisamos antes garantir que todas possam ter seus direitos respeitados, sem violência e sem atos de dor.