No estado, o Fórum Paranaense pelo Resgate da Memória, da Verdade e da Justiça terá seu ato de lançamento no dia 12 de abril, às 19 horas, no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Paraná(UFPR), em Curitiba.

Do site da Liderança do PT na ALEP

A líder da bancada do PT, deputada Luciana Rafagnin destacou, em discurso nesta segunda-feira,26, a criação da Comissão da Verdade que investigará fatos hediondos ocorridos na ditadura militar e sua composição que deve ser anunciada nos próximos dias pela presidenta Dilma Rousseff. “A Comissão da Verdade inaugura um período no qual o povo brasileiro poderá, enfim, conhecer a sua história, por mais tristes que tenham sido alguns anos. Não há, portanto, o que temer. Exceto aqueles que temem a verdade e desejam mantê-la sepultada para sempre”.

Luciana lembrou que durante os 21 anos de vigência da ditadura militar, centenas de pessoas foram mortas sob tortura, e ainda são consideradas “desaparecidas”. “Milhares tiveram de sair do país. Mais de dez mil tiveram seus direitos políticos arbitrariamente cassados. Incontáveis foram os que sofreram perseguições ou perderam seus empregos por motivos políticos.”

Para a petista, a anistia de 1979 – a lei promulgada ainda sob regime militar com o objetivo de passar uma borracha nos fatos ocorridos nos anos anteriores- não encerrou o assunto. “A democracia, pela qual tanto lutamos, pela qual tantos de nós deram a vida, reclama que se faça luz sobre esse período. É este o papel da Comissão da Verdade: abrir portas e janelas, acabar com os sigilos injustificáveis, escrever nossa história com a cabeça erguida, a espinha reta e as mãos honestas”.

No Paraná, o Fórum Paranaense pelo Resgate da Memória, da Verdade e da Justiça é uma dessas iniciativas. Terá seu ato de lançamento no dia 12 de abril, a partir das 19 horas, no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Paraná(UFPR), em Curitiba. O Fórum pretende desencadear um amplo movimento que, de um lado, respalde os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade e, de outro, pressione para que os trabalhos da Comissão cheguem a bom termo. O Fórum conta com a participação da UFPR, centrais sindicais e sindicatos, entidades estudantis e de direitos humanos, partidos políticos e inúmeras personalidades.

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