Reconhecimento da cidadania italiana 🇮🇹

A convite nosso, o deputado italiano Fabio Porta e Marisa Barbato, coordenadora do Partido Democrático (PD) na América do Sul, estiveram na Assembleia Legislativa para falar sobre Decreto-Lei nº 36/2025 que muda regras para obtenção da cidadania italiana por direito de sangue.

Publicado em 28 de março, pelo governo Georgia Meloni, o decreto restringe o direito da cidadania à segunda geração nascida fora da Itália. Isso significa que apenas filhos ou netos de italianos nascidos no exterior poderão ser reconhecidos como cidadãos italianos desde o nascimento.

A medida trouxe um cenário de muitas incertezas e apreensão para milhões de descendentes que cultivam o sonho do reconhecimento de sua cidadania.  No Brasil estima-se que somos mais de 40 milhões de pessoas.

Além de enaltecer a comemoração dos oitenta anos da Itália livre do nazismo e fascismo (em 25 de abril), Fábio Porta falou sobre o erro na medida provisória para bloquear a concessão de cidadania italiana, que segundo ele foi feita de forma hostil e mal planejada.

Ainda de acordo com ele, a lei vai contra os interesses na Itália, que já tem déficit demográfico e não produz filhos. “Precisamos dessas pessoas. Se não conseguirmos derrubar esse decreto, vamos trabalhar com emendas e modificações no parlamento. Precisamos também garantir o direito de quem já deu início ao processo”, declarou.

Segundo Fabio, a Itália possui uma dívida histórica enorme com o Brasil, uma vez que o país foi o único da América Latina a enviar tropas para ajudar na libertação da Itália. Além disso, ressaltou o sacrifício dos milhões de italianos que migraram e ajudaram a Itália a se reconstruir após a primeira e segunda guerra mundial.  

Como bisneta de italianos, famílias Chiapetti e Guzella, continuarei defendendo os italianos que moram no exterior e que estão sendo prejudicados com a medida.

Somam- se a esse esforços o vereador Angelo Vanhoni, que esteve na Assembleia, o presidente da Fenascom, Paulo Rossi e Leones Dall`Agnol.