A população deve cobrar dos prefeitos a transferência das informações para o Cadastro Único. As famílias pobres que ainda recebem o antigo benefício do Bolsa-Escola podem ser transferidas para o Bolsa-Família e receber quase três vezes o valor do benefício. A transferência só depende do empenho das prefeituras. Desde 2003, o governo federal vem estimulando os municípios a atualizar e complementar os dados do antigo cadastro do Bolsa-Escola, transferindo as informações para apenas um banco de dados, o Cadastro Único.
Somente as famílias incluídas neste Cadastro Único podem ser beneficiadas pelo Bolsa-Família. De acordo com o diretor de gestão dos programas de transferência de renda do Ministério do Desenvolvimento Social, Sérgio Paganini, a atualização e a transferência dos dados favorecem os beneficiários dos programas sociais e também as prefeituras.
“Essa atualização de dados é vantajosa para o beneficiário porque a média do valor pago pelo benefício do Bolsa Escola é de cerca de R$ 23, e o do Bolsa-Família é de R$ 75. Portanto, os beneficiários terão o recebimento triplicado, quando passarem de um programa para outro. Isso também é vantagem para os municípios, porque as prefeituras que fizerem essa atualização vão estar injetando muito mais dinheiro em suas economias. Dinheiro que vai direto para o consumo, dinheiro que dinamiza o comércio local, gera riqueza e desenvolvimento para o próprio município.”
De acordo com Sérgio Paganini, a população deve cobrar dos prefeitos a transferência das informações para o Cadastro Único. Segundo ele, a mudança é simples e as prefeituras que ainda não sabem como fazer podem procurar os governos estaduais ou o governo federal pelo telefone 0800-707-2003. De janeiro deste ano até agora, o Cadastro Único preparou mais de 2 mil municípios para que eles transfiram os beneficiários do Bolsa-Escola para o Bolsa-Família. As informações são do Ministério do Desenvolvimento Social.