A deputada estadual Luciana Rafagnin também estará presente no encontro, que reforçará o caráter cooperativo do partido. Começa hoje, em Brasília, o Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas do PT, que reunirá pela primeira vez os petistas eleitos pelo partido nas últimas eleições municipais. O evento contará ainda com as presenças dos prefeitos atuais (os não reeleitos ou que reelegeram seus sucessores), da direção nacional do partido, de ministros do governo federal e de parlamentares. Os vice-prefeitos eleitos também foram convidados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará da abertura, às 19h, no Blue Tree Park Hotel.
Segundo o secretário nacional de Assuntos Institucionais do PT, Paulo Ferreira, 320 dos 411 prefeitos eleitos já haviam confirmado a participação no evento até o meio-dia de sexta-feira (26). O encontro dura dois dias e termina na terça-feira. Ele lembrou que a realização de eventos desse tipo é uma tradição da Secretaria Nacional de Assuntos Institucionais (Snai).
O dirigente ressaltou que o PT estará presente de uma maneira robusta pelo país pela primeira vez na sua história político-administrativa. A legenda teve um aumento de 120% no número de cidades que passará a administrar em 1.º de janeiro. “Nos deslocamos do eixo das grandes cidades do Sul e Sudeste, algo que nos dará uma dimensão mais extensa”, afirmou.
Ferreira disse que, para a Direção Nacional do PT, o encontro pode oferecer um aprofundamento do programa do partido com o objetivo de articular o relacionamento entre as novas prefeituras e o governo federal. O secretário destacou que a ampliação do campo de influência petista só deve ajudar a legenda. “O que vai presidir as relações do PT são equilíbrio e democracia, que para mim são fundamentais”, afirmou. “Não desconsideraremos as regiões históricas, mas teremos os olhos abertos para acolher essa nova realidade.”
Cooperação
De acordo com o dirigente, no evento será debatida uma condição inédita: pela primeira vez os novos prefeitos petistas vão ter a oportunidade de iniciar o mandato com um presidente da República do mesmo partido. “Num governo do PT, nunca houve essa novidade porque estávamos no terceiro ano e o Lula, no primeiro”, disse. Para Ferreira, pode ser que os novos prefeitos contem com a parceria do governo federal durante seus quatro anos de mandato, se Lula for reeleito.
Perspectivas e desafios
Na abertura do encontro, na segunda-feira, comporão a mesa, além do presidente Lula, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu; o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (SP); o presidente do PT, José Genoino; o líder do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP); a líder do partido no Senado, Ideli Salvatti (SC); o secretário da Snai, Paulo Ferreira; e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP), além de governadores, prefeitos de capitais e dirigentes do partido.
Durante toda a terça-feira, dia 30, os prefeitos petistas vão discutir temas como perspectivas e desafios dos novos mandatos, a questão federativa, o desenvolvimento urbano no governo Lula, SUS e programas sociais.
Entre os expositores do encontro estarão o subchefe de Assuntos Federativos da Casa Civil, Vicente Trevas e os ministros da Saúde, Humberto Costa; das Cidades, Olívio Dutra; do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias; e da Educação, Tarso Genro.(VB e AI)