Durante audiência pública, projeto teve tramitação suspensa, após acordo entre governo e oposição.

Da Liderança do PT na Alep (Laura Sica)

Pressão dos servidores somada à força política da bancada do PT e da Oposição fez com que o projeto 02/2013, que institui as diretrizes básicas para a concessão de parcela compensatória de insalubridade ou de periculosidade no âmbito da Administração Pública Direta e Autárquica do Poder Executivo, inclusive das instituições de Ensino Superior, tivesse a tramitação suspensa nas comissões da Assembleia Legislativa.

O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira, 13, por  um representante do governo do Estado, na audiência pública que tratou do tema no plenarinho da Assembleia Legislativa, e que foi proposta  pelos deputados petistas.

O projeto retira benefícios e deixa muito pior a situação profissional dos servidores públicos. Diversas entidades de classe, sindicatos e membros do Fórum dos Servidores Públicos lotaram o plenarinho da Assembleia Legislativa.

Para a líder da bancada do PT, deputada estadual Luciana Rafagnin, o governo do Estado precisa ouvir as reivindicações dos servidores para que  projeto não seja votado no afogadilho. “É importante que o debate aconteça, não queremos que os servidores percam tudo o que foi conquistado até agora, e  com muita  luta”.

A proposta do governo prevê uma parcela de insalubridade de R$ 100,00 para caso de exposição em grau médio e R$ 150,00 para caso de grau máximo de exposição. E para periculosidade  a quantia de R$ 300,00, valores considerados irrisórios pelos servidores estaduais. Ainda a  soma destes valores não são contemplados para efeito de aposentadoria. “Este é o pior projeto de lei que existiu na história do Paraná. O projeto tem que ser restituído, vamos novamente nos reunir com a liderança do governo ”, disse  Heitor Raymundo, coordenador do Fórum da Entidades Sindicais do Paraná.

O líder da bancada da Oposição, deputado estadual Tadeu Veneri afirmou que com a votação do projeto, haverá prejuízo para os servidores estaduais. “Eles não podem receber valores menores do que recebem hoje. A Assembleia Legislativa tem que ter respeito aos servidores.”

Para a presidente da APP-Sindicato, Marlei Fernandes de Carvalho, a  solicitação dos servidores é de que o projeto não entre em votação. “Queremos discutir com o Estado as condições de trabalho do funcionalismo”.

Os deputados estaduais Professor Lemos(PT) Péricles de Mello (PT),  Tercílio Turini (PPS) e Gilberto Martin (PMDB) também participaram da audiência pública.


Larissa Mazaloti – Assessoria de Imprensa

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