“Não tive professor que me doutrinou, mas que me deu a liberdade de pensar, de criticar”, disse Luciana. “Deveríamos estar discutindo aqui a falta de recursos, a violência nas escolas e a valorização dos professores”, argumentou a deputada.
Durante audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), na manhã desta segunda-feira (15), a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) questionou a discussão do projeto “Escola Sem Partido” no espaço dessa Casa de Leis, em detrimento de se debater outros temas que ela considera mais relevantes, como a falta de recursos para melhoria nas estruturas das escolas da rede pública estadual, por conta da Emenda Constitucional 95, que congelou por 20 anos recursos para investimentos em Saúde e Educação, por exemplo, a valorização dos professores e a violência nas escolas.
Luciana destacou também que é necessário abrir espaços para ouvir a comunidade escolar sobre iniciativas abrangente como essa. “Defendo a liberdade dos professores de ensinar. Deveríamos estar discutindo aqui a falta de recursos, a violência nas escolas e a valorização dos professores”, argumentou a deputada.
Luciana destacou ainda que em meados da década de 70, quando cursou os ensinos fundamental e médio, os professores já tinham preocupação com as drogas, se opondo a argumentos descabidos para justificar a proposta. “E aprendi que houve ditadura, sim, que em 1964 os militares deram um golpe de estado para tomar à força o poder. O PT nem existia nessa época”, criticou. “Não tive professor que me doutrinou, mas que me deu a liberdade de pensar, de criticar”, concluiu Luciana.
Autor: Thea Tavares