“A mulher costuma deixar os cuidados com si mesma por último, mas o exame preventivo do câncer de mama é um pequeno gesto que garante mais vida”, disse Luciana.

Outubro Rosa

Curitiba, PR (26/10/2011) – A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) participou das atividades alusivas à campanha do Outubro Rosa, pela prevenção e combate ao câncer de mama, na Assembleia Legislativa do Paraná nesta quarta-feira (26). Ela defendeu a ampliação da participação da mulher na política e a necessidade das próprias mulheres priorizarem o cuidado com sua saúde e a autoestima, a fim de prevenir o aumento e agravamento da doença. “Embora guerreiras, as mulheres têm espírito apaziguador e isso gera dificuldades para elas participarem da política, que é um espaço feito de embates”, disse Luciana. “Mas é no espaço político que se discutem as ações governamentais, as políticas públicas voltadas à saúde da mulher e os avanços sociais”, afirmou.

A deputada, líder da bancada do PT, também alertou para a importância dos cuidados pessoais na prevenção ao câncer de mama. “A mulher costuma deixar os cuidados com si mesma por último, mas o exame preventivo do câncer de mama é um pequeno gesto que garante mais vida”. Ela disse ainda que a autoestima é fundamental para a melhoria da qualidade de vida. Luciana também destacou a violência contra a mulher em seu pronunciamento e afirmou que esse é um dos indicadores que transmitem sensação de impotência aos parlamentares. “É absurdo o número de mulheres espancadas, violentadas e na maioria dos casos pelos próprios maridos ou familiares. Só a união de forças e a informação acerca de seus direitos é que pode combater essa doença social”, completou.

Epidemia do câncer de mama

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA -, todos os anos 50 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de mama e em 45% dos casos, a doença se encontra em estágio avançado. Cerca de 25% delas ou 12 mil mulheres morrem. Diariamente, 30 mulheres perdem a vida em decorrência do câncer de mama no Brasil, a segunda causa de mortes de mulheres no país. Por meio de projeções, o INCA avalia que até 2023 os casos de câncer de mama deverão ser o dobro do que é hoje, chegando a marca dos 100 mil.

Um tumor atinge um centímetro entre oito a dez anos e, se não tratado, ele duplica de tamanho a cada três meses. Por isso é que o Instituto Humanista de Desenvolvimento Social (Humsol) defende a agilidade no diagnóstico da doença e apontam a distribuição dos mamógrafos, a subutilização dos aparelhos, a falta de controle na qualidade do exame e a falta de acessibilidade como entraves ao combate do que a entidade define como sendo uma “epidemia do câncer de mama”. O Humsol também luta pela criação de uma rede estadual de referência de rastreamento mamográfico, por entender que esse rastreamento diminui em 35% a incidência de mortes em mulheres na faixa etária de 39 a 69 anos.

Legislação nacional

O Humsol também defendeu na Assembleia Legislativa, em carta entregue aos deputados, a criação de um projeto de lei que “dê às mulheres mastectomizadas o direito à prótese e simetrização das mamas no procedimento de reconstrução mamária”, uma vez que “os custos de mil a dois mil reais são considerados altos para a maioria da população”. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de câncer de mama aumentaram em 160% nos últimos 20 anos. Somente em 2010, morreram 425 mil mulheres em todo o mundo por causa da doença.

Jornalista: Thea Tavares (MTb 3207-PR).

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