No município, 1.100 alunos estudam de forma improvisada há 16 anos. Após ameaça de teto desabar, 120 estão em turmas que funcionam no ginásio de esportes da escola municipal.

Curitiba, PR (09/04/2012) – A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) protocolou na sessão desta segunda-feira (9) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) uma indicação ao governo do estado pedindo a liberação de recursos para a construção de uma escola estadual no município de Tibagi, nos Campos Gerais. Trata-se da sede própria do Colégio Estadual João Francisco da Silva. A deputada recebeu denúncias de que desde 1996 – portanto, há 16 anos – cerca de 600 estudantes da 6ª à 9ª séries e ensino médio compartilham, de forma improvisada, com outros 500 alunos do ensino fundamental, o espaço físico da Escola Municipal Deputado Federmann e, por falta de condições para abrigar a todos, algumas turmas estão recebendo aulas nas dependências da quadra de esportes da escola.

“Tendo em vista que a tendência para os próximos anos é de aumento no número de alunos e consequentemente de turmas, é necessário que se priorize uma estrutura adequada para o atendimento dessas crianças e jovens”, disse a deputada Luciana. “A situação não pode continuar assim, pois é uma vergonha para o nosso estado esse tipo de realidade educacional”, afirmou.

Por meio do ProInfo, o Programa Nacional de Informática na Educação, o colégio recebeu do governo federal 20 computadores que ainda estão encaixotados e não foram colocados à disposição dos estudantes por falta de espaço adequado. Além disso, pais, alunos, professores e trabalhadores em educação se queixam da falta de banheiros, de rampas adaptadas para cadeirantes, de estrutura de acessibilidade como um todo e que as instalações elétrica e hidráulica da escola encontram-se em situação precária. “Nos dias de chuva, algumas salas de aula ficam alagadas”, contam.

Situação precária

No dia 21 de março, uma vistoria da defesa Civil do município, do Corpo de Bombeiros e do Núcleo de Educação constatou que a parede e o telhado de um dos blocos, onde estudavam 120 alunos, estão ruindo. O problema foi verificado antes por uma prestadora de serviços encarregada de fazer um orçamento para obras nos banheiros. Em função da interdição do bloco e da retirada do local dos 120 estudantes é que passou a ser usada a quadra de esportes da escola como sala de aula improvisada. A deputada Luciana pede urgência nas obras de construção de uma sede própria para o colégio estadual.

Jornalista: Thea Tavares (MTb 3207-PR).

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