Durante discurso na Assembleia Legislativa,na tarde da segunda-feira (9), a deputada Luciana Rafagnin (PT), líder do Bloco PT-PDT, saiu em defesa do colega Renato Freitas (PT), criticando o que chamou de “obsessão” de alguns parlamentares com a atuação do deputado. Segundo ela, Freitas realiza um trabalho brilhante e vem sendo alvo de ataques desproporcionais, inclusive por sua recente viagem à China.
“Vejo deputados viajando para fora do país e nunca vi ninguém cobrando ou questionando. Mas quando é o Renato, isso vira motivo de indignação. É uma obsessão com a atuação do Renato que, inclusive, quando está ausente incomoda”, afirmou Luciana. Ela destacou que a ausência do parlamentar foi transformada em polêmica, enquanto atitudes semelhantes de outros parlamentares passam despercebidas. “Renato tem luz própria, e talvez isso incomode quem não suporta ver a sua força e seu compromisso com as causas do povo”, completou.
A deputada também denunciou a contradição de parlamentares que criticam Freitas por visitar a China, acusando-o de simpatizar com ditaduras, mas que ao mesmo tempo defenderam os atos golpistas de 8 de janeiro. Luciana reforçou que esses atos não foram apenas vandalismo, mas uma tentativa real de ruptura institucional. “Foi dito pelos próprios participantes que queriam fechar os três poderes. Planejavam até o assassinato de autoridades como Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Isso não é opinião, é fato”, alertou.
Para ela, relativizar esse episódio é ignorar os riscos de um retorno ao autoritarismo. “Quem pede a volta da ditadura esquece as vidas perdidas entre 1964 e 1985. É desumano”, disse. E concluiu: “Se estivéssemos sob uma ditadura, talvez nem mesmo pudéssemos estar aqui hoje, fazendo este discurso em defesa da democracia e da liberdade