O presidente Lula assegurou que a reforma agrária brasileira será feita de forma pacífica e dentro da lei. As manifestações são legítimas em um país democrático, mas é importante que as pessoas não percam o senso da responsabilidade, disse hoje o presidente Luis Inácio da Silva em entrevista ao programa de rádio Café com o Presidente. Ele lembrou que, quando era dirigente sindical, só obtinha sucesso nas negociações quando prevalecia o bom senso e, por isso, deu um conselho:”ajam com a maior responsabilidade possível porque todos nós seremos vítimas de nossas palavras”.

O presidente Lula assegurou que a reforma agrária brasileira será feita de forma pacífica e dentro da lei. Lula destacou que as leis brasileiras valem “para o presidente da República, para os sem terra e valem para os com terra”. Lula reafirmou a meta de assentar, até o final de 2006, 430 mil famílias e regularizar 130 mil títulos. “Esse é um compromisso que nós vamos cumprir e vai ser feito da forma mais tranqüila possível”, garantiu o presidente. MST

Em sua entrevista ao programa de rádio, Lula lembrou que as passeatas organizadas pelo MST (Movimento dos Sem Terra) vêm ocorrendo nos últimos 20 anos. “Fizeram no governo Collor, no governo Sarney, fizeram no governo Itamar, no governo Fernando Henrique Cardoso, fizeram em todos os governos e eu acho importante que eles façam”, disse o presidente. Além das manifestações do MST, Lula falou sobre a greve de alguns setores do funcionalismo que reivindicam aumento de salários. De acordo com o presidente, passeatas, manifestações e greves são conquistas da sociedade e significam o exercício da democracia. Destacou que é importante que os governantes tenham sensibilidade para entender que, no Brasil, os problemas sociais representam uma dívida com o povo. Para Lula, é normal que o funcionalismo queira receber reajuste salarial agora, “até porque as pessoas vêem no meu governo e na vitória do PT a possibilidade de eles poderem extravasar mais, na sua prática democrática, na sua prática de reivindicação”. Economia

Ainda na entrevista ao Café com o Presidente, Lula explicou que a reorganização da economia de um país dificulta o atendimento de muitas reivindicações. “O dirigente sindical sabe que quando nós estamos preocupados em controlar a inflação, reconquistar a credibilidade e retomar o crescimento da economia, não adianta fazer uma reivindicação absurda”. Lula afirmou, durante o programa de rádio, que vai tratar bem o funcionalismo, e comparou a categoria aos seus filhos. “Eu não dou tudo que os meus filhos querem, eu dou apenas aquilo que eu posso dar; e não faço dívida pra dar um presente para filho que eu não posso pagar depois”, disse o presidente.

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