Projeto que conta com Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Unioeste e secretaria de Desenvolvimento Rural quer resgatar saberes das mulheres agricultoras e envolver mulheres do bairro Padre Ulrico. Deputada Luciana é uma incentivadora da atividade.

 Da Assessoria / Sudoeste – PR

Nos dias 13 e 14 de junho uma comitiva de 32 pessoas, na maioria mulheres

agricultoras e urbanas, além de técnicos partiu do sudoeste do Paraná rumo

ao conhecimento, na Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu. Organizado pelo

STR (Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Francisco Beltrão) através do

projeto “Mulheres e Plantas Medicinais – Resgate dos Saberes” que é

coordenado pela Unioeste e com o apoio do mandato da deputada estadual

Luciana Rafagnin (PT), o grupo pôde conhecer o ervanário da Itaipu. O

projeto conta também com o envolvimento da secretaria municipal de

Desenvolvimento Rural.

De acordo com a presidenta do Sindicato, Cristilei Parizotto o trabalho

com mulheres através dos Coletivos de Mulheres já é antigo. Ela conta que

após um período de intensas atividades houve um certo desânimo, mas em

2009 o retorno das reuniões e o incentivo para a organização reavivou as

ações.

O projeto “Mulheres e Plantas Medicinais – Resgate dos Saberes” foi

aprovado pela Universidade Sem Fronteiras e acontecerá entre janeiros de

2014 e janeiro de 2015. O valor do recurso é de mais de R$ 49 mil e

contempla o bairro Padre Ulrico e mais cinco comunidades do interior. O

momento, segundo a presidente do STR agora é de estudos e levantamentos

que devem tornar sólida a produção de plantas medicinais com boas

perspectivas de comercialização. “O intercâmbio foi muito interessante e

empolgou as participantes”, afirma Cristieli que relata a boa

receptividade da equipe da Itaipu.

Como parte da visita, no município de Vera Cruz D´Oeste as mulheres e

técnicos beltronenses conheceram de perto a realidade das plantas

medicinais. Os resultados visíveis comprovaram que o projeto é uma boa

alternativa para que as mulheres, além de viver o resgate do conhecimento

também possam agregar renda contribuindo com a família. “O projeto piloto

de Vera Cruz é uma prova de que quando é bem aceita esta atividade, pode

melhorar a vida de quem produz e de quem precisa e opta por esta medicina

natural”, comenta Cristieli.

Em Francisco Beltrão, a previsão é que no segundo semestre de 2014 as

plantas medicinais e os produtos derivados delas sejam comercializados.

“Pensamos na possibilidade da Feira do Produtor no Centro e também a

Feirinha da Cango”, informa.

A deputada Luciana Rafagnin está satisfeita com a mobilização das

agricultoras e das mulheres da cidade, para que voltem a produzir aquilo

que é uma cultura das famílias do campo. “Sabemos que dentro da

agricultura familiar o saber vem de geração para geração. O cultivo de

plantas medicinais – que são atestadas pelo Ministério da Saúde – é

importante para que não se perca esta atividade”, finaliza Luciana.

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