
Olhem que ótima notícia!
A Itaipu vai investir R$ 2,6 milhões para o monitoramento de agrotóxicos na região Sudoeste, através de um projeto de pesquisadores da Unioeste de Francisco Beltrão. A formalização do convênio aconteceu nesta sexta-feira, 14, na sede da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), com a presença do Diretor-Geral Brasileiro da Binacional, Enio Verri, do Diretor de Coordenação Carlos Carboni e da deputada federal Gleisi Hoffmann.
O convênio vai viabilizar o projeto “Avaliação da contaminação humana e de fauna terrestre por agrotóxico no Sudoeste e Oeste do Paraná,” com a equipamento e reagentes para pesquisa do Laboratório de Biologia de Tumores da Unioeste.
O equipamento para dosagem de agrotóxicos em amostra de pacientes e meio ambiente é muito esperado pela professora doutora Carolina Panis que pesquisa sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde humana e no meio ambiente. O equipamento tornará o laboratório uma das instalações mais modernas da América Latina nessa área.
O aparelho terá um papel essencial na medição dos resíduos de agrotóxicos, colaborando diretamente com as pesquisas já conduzidas pela Unioeste nessa área.
A doutora Carolina explica quem em uma única rodada, o aparelho conseguirá detectar na amostra pesquisada, cerca de 80 tipos de agrotóxicos e que o custo será infinitamente menor do que custa por amostra hoje, sem o aparelho, que será instalado no Laboratório de Biologia de Tumores do Centro de Ciências da Saúde da Unioeste de Francisco Beltrão. Serão pesquisados salivas, sangue, tecido mamário canceroso e não canceroso. Além das pesquisas que analisam os índices de agrotóxicos na água alimentos.
Essa ação da Itaipu é muito importante para a nossa região que apresenta dados alarmantes sobre o impacto do uso de agrotóxico na população sudoestina.
Para vocês terem uma ideia, a região apresenta uma alta incidência de casos de câncer de mama, alcançando 41,4%, o que representa um aumento de 14% em relação ao restante do Brasil e 17% em comparação com o próprio estado do Paraná. Uma das razões é que o Sudoeste é uma região extremamente agrícola, particularmente da agricultura familiar.
As lavouras do Sudoeste do Paraná, especialmente as de soja, milho e trigo, consomem ano a ano mais de 9 mil toneladas de agrotóxicos. O resíduo de todo esse veneno depositado no solo volta para as torneiras, para copo de água, o balde da limpeza da casa, na louça, no banho e na higiene da família sudoestina.
Somado a isso o uso de agrotóxico pelas agricultoras do Sudoeste é seis vezes maior que a média nacional. As mulheres da região têm risco 59% superior de contrair doenças do que mulheres que vivem nas cidades.
Esse apoio da Itaipu para a pesquisa científica, tem uma significativa importância, vai gerar dados para ampliar o processo de conscientização e cuidado no uso de agrotóxicos, preservando vidas e tornando a comida mais saudável.