Notícia publicada na edição do Jornal de Beltrão de 23/08/2005 – Página 1B Assinada há cinco anos pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Pecuário (mapa), a Instrução Normativa 51 ainda provoca controvérsia principalmente na agricultura familiar

Notícia publicada na edição do Jornal de Beltrão de 23/08/2005 – Página 1B Assinada há cinco anos pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Pecuário (mapa), a Instrução Normativa 51 ainda provoca controvérsia principalmente na agricultura familiar. Concebida para melhorar a qualidade do leite produzido no Brasil, a INS1 deveria entrar em vigor em sua totalidade no mês de julho. Parte da INS1, no entanto, teve seu prazo de início prorrogado por seis meses para que os agricultores familiares possam se adequar às normas.

A INS1 prevê várias coisas, entre elas, a realização de exames de brucelose e tuberculose nos bovinos de leite dos rebanhos dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina a cada seis meses, ou a certificação das propriedades, e a aplicação de vacinas em bezerras de três a oito meses; o leite não poderá mais ser transportado em taros e terá de passar por exames de detecção de células somáticas. Os animais com exames positivos para brucelose ou tuberculose terão de ser abatidos pelos orgãos sanitários. Na semana passada, o coordenador da Fetraf-Sul (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar para a região Sul), no Rio Grande, Ari Pertuzatti, disse que mais de 60% do 1,8 milhão de produtores de leite do Brasil correm o risco de serem excluídos do ramo se a INS1 não se tornar mais flexível.

Ele concedeu entrevista ao Correio do Povo de sexta-feira, 19, e frisou que “os equipamentos são muito caros, cerca de R$ 10 mil. Com tanta sobra de produto no mercado, nosso medo é que se repita o que houve em outras áreas, como a de suínos, na qual os que produzem menos ficaram fora do processo”.

Pertuzatti questionou qual a participação dos governos do Rio Grande, da União, cooperativas e indústrias em exigências como a análise obrigatória do produto duas vezes por mês ou nos testes para detectar a brucelose e tuberculose no rebanho bovino. Pelo menos por enquanto as propriedades com animais que estiverem contaminados com tuberculose e brucelose não receberão indenizações dos governos.

Pedido de Luciana

No Paraná, a deputada Luciana Rafagnin (PT) conseguiu aprovar requerimento, este mês, na Assembléia Legislativa, que seria enviado ao governo estadual pedindo apoio aos agricultores familiares que terão de se adaptar às exigências da INS1. O custo dos exames por animal, na região, fica em torno de R$ 15,00.

FONTE: www.jornaldebeltrao.com.br

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