Dilma chamou à responsabilidade os prefeitos e governadores para a execução em parceria das ações de segurança alimentar e nutricional.
Dilma Rousseff (PT) chamou à responsabilidade os prefeitos e governadores para a execução em parceria do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, que em 2011 contará com mais de R$ 750 milhões em recursos da União, e para a compra de alimentos destinados à merenda escolar, cujo aporte saltará para mais de R$ 1 bilhão. Ao paranaense Beto Richa (PSDB), a presidenta do Brasil pediu especial atenção para a implantação promovida pelo governo federal do Suasa, que é o sistema único de atenção à sanidade animal, no cumprimento das etapas no estado. Vai possibilitar com que os produtos coloniais certificados no município, dentro dos padrões e critérios de produção, transporte e armazenamento, possam ser comercializados no restante do estado e nos quatro cantos do país. Dilma também lembrou o compromisso assumido com a habitação rural e disse que o Minha Casa, Minha Vida 2 já contempla o subsídio a programas de moradia para a população do Brasil Rural e o fortalecimento de parcerias para investir na construção, reforma e ampliação de casas para agricultores familiares.
Há duas semanas, um encontro que reuniu quase três mil paranaenses beneficiados pelos programas de habitação rural em parceria com a Cooperhaf – Cooperativa de Habitação da Agricultura Familiar – marcou também a assinatura do contrato de número mil da modalidade de habitação rural dentro da segunda etapa do Minha Casa, Minha Vida. Isso só no Paraná. A intenção é passar de 1.500 famílias este ano. Em todo o país, por meio de parcerias com a Cooperhaf, já foram construídas, ampliadas e reformadas mais de 30 mil casas de agricultores familiares. E a Caixa Econômica Federal (CEF), no rol dos compromissos assumidos em 2010 pela então candidata à Presidência da República, também já criou uma gerência específica de habitação rural de interesse social, que visa agilizar os processos e ampliar o acesso dos agricultores familiares aos programas de moradia popular.
Se a ordem no Brasil é erradicar a pobreza extrema, Lula e Dilma saldam uma dívida histórica ao reconhecerem a importância da agricultura familiar nessa estratégia de desenvolvimento. Se a via da distribuição do “bolo” chama-se inclusão social, econômica e produtiva, a visão dessa dupla de estadistas do povo também é certeira ao focar as famílias do campo e fomentar a geração de emprego e renda nos municípios. Portanto, Dilma veio ao lugar certo anunciar as medidas do governo.
Repartir um bolo que cresce e só cresce com apoio institucional e responsabilidade social, é o caminho da distribuição de oportunidades que começa lá no sacrificado dia a dia de uma família de agricultores, dentro das metas da segurança alimentar e nutricional, até as políticas macro de capacitação da mão de obra, de grandes investimentos estruturais, de progresso científico e tecnológico, até a projeção desse modelo inclusivo e soberano nas relações internacionais. Entender esse plano fez com que Iracilda Maccari, a filha Fernanda e outras 10 mil pessoas saíssem de suas casas, embarcassem em ônibus, percorressem quilômetros em estradas de chão e rodovias para ir “ver a Dilma” no Centro de Eventos de Francisco Beltrão. Essa foi a história que todos escreveram ontem no Sudoeste do Paraná ou assistiram distantes pela transmissão ao vivo das rádios e TVs diretamente do local. Até quem simplesmente quis registrar uma foto ao lado da presidenta Dilma, da ministra Gleisi e da deputada Luciana, sabia a importância histórica de documentar esse fato, cuja legenda pode ser uma só: “estive aqui, participei e fiz acontecer”.