Manifestantes ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa, fizeram caminhada pelo Centro Cívico e audiência pública para marcar a data
Curitiba, PR (16/08/2011) – A deputada estadual Luciana Rafagnin, líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), participou na manhã desta terça-feira (16) da audiência pública do Fórum Popular Contra a Venda da Copel, que marcou os dez anos da luta contra a privatização da estatal. Luciana lembrou que, até então, o único projeto de iniciativa popular, apresentado e votado na ALEP, foi fruto desse momento histórico e destacou a força da organização popular na sessão plenária de maior duração que já houve e que culminou na invasão dos estudantes ao prédio do Legislativo em 2001. “Foi a maior experiência que vivi nesses anos todos de trabalho parlamentar. O esforço e a organização da sociedade mostraram que as conquistas só existem por força da mobilização”, disse Luciana.
Privatizações: “é importante que o movimento social fique vigilante no Paraná”, disse a deputada Luciana.
Retirada do projeto das agências reguladoras não tranqüiliza, só redobra a atenção
A retirada por parte do governo do estado do projeto de lei das agências reguladoras, que esteve em tramitação na ALEP, não tranquiliza os movimentos sociais e nem a bancada do PT, contrários às privatizações de empresas públicas ou às diversas estratégias que levem a isso, seja por meio de terceirizações irregulares, seja pela regulação de serviço. A líder da bancada, deputada Luciana, fez pronunciamento nesta terça-feira para destacar os dez anos de luta contra a privatização da Copel e advertiu aos manifestantes que “é importante que o movimento social fique vigilante no Paraná”. “Puxamos o debate em torno das agências recentemente porque entendemos, sim, que esse era um caminho para a privatização das empresas paranaenses, em especial da Copel e da Sanepar”, disse.
A deputada também comentou que não basta o compromisso político do governo do estado em dizer que não vai privatizar, mas é preciso “valorizar e fortalecer o serviço público, para não deixar que se promova um desmonte com a finalidade de convencer a população de que a privatização seria a solução”, explicou. “Sempre defendemos e sempre vamos defender que o patrimônio do povo paranaense seja respeitado”, concluiu.
Jornalista: Thea Tavares (MTb 3207-PR).