Agricultores familiares lotaram o Plenarinho da Assembléia Legislativa, durante a audiência pública convocada pela deputada Luciana Rafagnin (PT)

Agricultores familiares lotaram na manhã desta quarta-feira (18) o Plenarinho da Assembléia Legislativa, durante a audiência pública convocada pela deputada Luciana Rafagnin (PT) para debater medidas capazes de reduzir os efeitos da longa estiagem que se abateu principalmente sobre as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná. Participaram do evento o delegado federal de Desenvolvimento Agrário no Paraná, Reni Denardi; o diretor do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura – Deral – Francisco Carlos Simioni, que representou na ocasião o secretário Norberto Ortigara; o coordenador estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul/CUT), Neveraldo Oliboni; e o coordenador regional do Movimento dos Sem-Terra (MST), Edson Bagnara.

Ao abrir o encontro, a deputada Luciana Rafagnin lembrou que os agricultores familiares sofrem com a estiagem desde o mês de dezembro do ano passado. Segundo ela, as providências anunciadas até agora pelos governos estadual e federal são insuficientes para atender a demanda de mais de 500 mil pessoas que vivem no meio rural, nos 139 municípios que decretaram situação de emergência e calamidade pública em decorrência dos rigores do clima.

E o coordenador da Fetraf-Sul, Neveraldo Oliboni, acrescentou que a estiagem tem se mostrado mais intensa do que os relatos iniciais, sem que o Poder Público atentasse para essa realidade: “Estamos acompanhando e desenvolvendo ações desde o início, buscando parcerias com associações de municípios e outras entidades ligadas à agricultura familiar. Acreditamos que audiências como esta ajudam a informar e sensibilizar governo e sociedade para os sérios problemas que o campo vem atravessando”, afirmou.

Nesta quinta-feira (19) uma comissão de agricultores será recebida pelo secretário chefe da Casa Civil, Durval Amaral, para entregar-lhe uma pauta de reivindicações que acreditam fundamentais para fazer frente ao momento de crise.

Pauta – A pauta de reivindicações discutida durante a audiência e que será encaminhada ao Governo do Estado prevê, entre outras medidas de emergência, que a Conab disponibilize milho e trigo para a alimentação animal com custo equivalente ao preço mínimo (PGPM – Política de Garantia de Preços Mínimos); a criação do programa “Mais Água” para a agricultura familiar; que cada agricultor receba um kit de irrigação com capacidade para atender de três a cinco hectares; um programa de subsídio na tarifa de energia elétrica para irrigação; a implementação de um programa de abastecimento de água para consumo humano e animal, através da preservação e conservação de fontes e minas naturais de água, bebedouros e outras práticas conservacionistas; bem como uma política de incentivo à construção de cisternas para armazenamento e abastecimento de água. Os agricultores pleiteiam também subsídio de 50% na aquisição desses materiais e equipamentos e uma política de reposição de renda à agricultura familiar, a partir de um salário mínimo mensal durante três meses, para a manutenção das famílias.

Fonte: Assessoria de Imprensa ALEP (41) 3350-4049/4188 / Jornalista:  Sandra C. Pacheco

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