A aceitação cresceu 3% em relação a última pesquisa, realizada em junho.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu sua maior aprovação após completar oito meses de mandato. Segundo pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 20 e 23 de agosto, o desempenho do governo Lula é ótimo ou bom por 45% dos entrevistados, três pontos percentuais acima do verificado na pesquisa anterior, de junho.

Nesse mesmo período, há oito anos, Fernando Henrique Cardoso registrava 39% de avaliação positiva. Naquele momento, o governo tucano administrava a euforia do Plano Real, com estabilidade econômica, equiparação entre o dólar e a moeda brasileira e os índices de crescimento econômico desde o controle da inflação, em 1994 (ano em que o PIB cresceu 5,85%).

Dos entrevistados, 42% disseram considerar o governo do presidente Lula regular, e apenas 10%, ruim ou péssimo. Não souberam responder 3% dos entrevistados. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para mais ou para menos. O Datafolha ouviu 2.605 pessoas em 130 municípios do país.

Estratificações

Segundo o recorte de ocupação profissional feito pelo Datafolha, os menores índices de ótimo/bom conseguidos por Lula estão entre os funcionários públicos (38%) – principais atingidos pela reforma previdenciária- e entre os empresários (35%).

Os assalariados, com ou sem registro em carteira de trabalho, estão entre os que mais aprovam o governo, ao lado dos aposentados. Entre os assalariados registrados, 50% consideram Lula ótimo ou bom; entre os sem carteira e os aposentados, 49%.

No Nordeste, subiu de 42% para 48% a proporção de entrevistados que disseram considerar o governo ótimo ou bom. A proporção de mulheres que partilham dessa avaliação subiu de 39% para 44%, enquanto entre os homens os índices de ótimo/bom ficaram estacionados em 46%. Entre as pessoas de 25 a 34 anos, subiu de 42% para 47% a fatia de pessoas que avaliam melhor o governo Lula.

O presidente obtém as maiores avaliações de ótimo/bom entre os homens (46%), os jovens entre 16 e 24 anos (48%), as pessoas que concluíram ensino superior (48%) e as que têm renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos (47%). Por esses recortes de sexo, idade, escolaridade e renda, o menor índice de ótimo/bom obtido pelo governo Lula é de 42%.

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