Os manifestantes continuam em Curitiba até esta quarta-feira, quando participam de uma audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná.

A deputada Luciana Rafagnin, participou na manhã desta terça-feira (24) do manifesto coletivo, de entidades da sociedade Civil, dentre elas, Assesoar, Fetraf, MAB e famílias atingidas pelas enchentes, ocorridas no início de junho, em defesa da garantia pelos direitos à indenização, pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), uma vez que a abertura das comportas da Usina de Salto Caxias, potencializou o grande volume de águas, que resultou em muitos prejuízos para os moradores do entorno.

Os manifestantes se concentraram em frente à Copel e foram recebidos pela direção que concorda em indenizar as famílias, havendo uma discordância com os movimentos, com relação ao número de atingidos, avaliado pela Copel em pouco mais de 50 famílias, quando os manifestantes apontam para 42 mil famílias atingidas no Estado, e destas, pelo menos 12 mil da região Sudoeste, teriam sido atingidas diretamente pela potencialização das água da usina.

Der acordo com o diretor-presidente da Copel, Sérgio Luiz Lamy, a Copel está fazendo o levantamento, em parceria com as prefeituras dos municípios atingidos e que até esta quarta-feira, já deve ter o número com precisão. Ele assegurou que as famílias comprovadamente atingidas pelo fator da abertura das comportas serão integralmente ressarcidas e poderão inclusive deslocar o local da residência a ser reconstruída pela Copel, para locais mais elevados do terreno.

Conforme ressaltou a deputada Luciana, é preciso que a Copel resolva imediatamente a situação de emergência das famílias, tais como reconstrução das casas e reposição dos mobiliários perdidos, assim como indenização por perda de juntas de bois, vacas leiteiras e outros animais domésticos. Já os prejuízos referentes a financiamentos serão levados para o Governo federal. “Estamos direcionando cada demanda para os órgãos específicos. Mas é preciso que os números sejam justos, pois o grande volume de águas atingiu moradores a longa distância e não só das margens dos rios”, garantiu a deputada.

De acordo com os representantes das famílias e movimentos, presentes na reunião, os municípios de Nova Prata do Iguaçu, Capitão Leônidas Marques, Realeza e Capanema foram os mais atingidos, principalmente por não terem  sido avisados sobre a abertura das comportas, mesmo durante as grandes chuvas.

Os manifestantes continuam em Curitiba até esta quarta-feira, quando participam de uma audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná, promovida pela Comissão de Direitos Humanos da casa.

Além da emergência nas indenizações, os movimentos trazem também como pauta ao Governo do Estado, Plano de prevenção de catástrofes e defesa civil; suspenção da cobrança da conta de energia elétrica e água para as famílias atingidas pelas enchentes, por 12 meses; Crédito emergencial de R$ 15 mil, com dois anos de carência e 10 anos para pagar, com 60% de rebate; Plano de recuperação e reconstrução econômico-Social para as famílias e comunidades; Plano de reconstrução da infraestrutura (pontes, estradas, acessos, redes de água, energia elétrica); Cancelamento do aumento do preço da energia elétrica e não autorização de novas hidrelétricas até que se resolva a situação dos atingidos pela Hidrelétrica do Baixo Iguaçu.
 

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