Soja – Em outubro, comitiva de 35 regiões européias livres de transgênico visitará o Paraná para estabelecer parcerias. Curitiba, PR (30/08/2005) – Nesta terça-feira (30/08), representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região

Soja – Em outubro, comitiva de 35 regiões européias livres de transgênico visitará o Paraná para estabelecer parcerias. Curitiba, PR (30/08/2005) – Nesta terça-feira (30/08), representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul/CUT) e a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) se reuniram com técnicos da Secretaria do Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Curitiba, com o objetivo de discutir uma parceria para a comercialização de soja paranaense nas áreas livres de transgênicos do bloco europeu. No início de junho/2005, uma comitiva de dirigentes sindicais e parlamentares dos três estados do Sul, organizada pela Fetraf-Sul/CUT, visitou quatro países da Europa, a fim de trocar informações e estabelecer relações com as organizações da agricultura familiar daquele continente. Na França, a vice-presidente do Conselho Regional da Bretanha, Pascale Loget, que já esteve no Paraná firmando acordo com o governador Roberto Requião, se interessou pela articulação com a organização dos agricultores familiares brasileiros. Liderando uma comitiva formada por várias outras autoridades, empresários e dirigentes de cooperativas de 35 regiões livres de transgênicos na Europa, Loget voltará ao Brasil de 17 a 23 de outubro. Essa delegação estrangeira quer conhecer os mecanismos de produção e comercialização do soja não-transgênico do Paraná, onde há forte atuação da Fetraf-Sul ligada à comercialização de soja convencional e orgânica.

O dirigente da Fetraf-Sul/CUT, responsável pelo programa de soja da entidade, Rui Valença, adiantou que ainda não há um entendimento sobre a quantidade de soja que poderia ser exportada para essas regiões, mas lembra que “a Fetraf não abre-mão de negociar um ‘prêmio’, ou seja, um valor adicional ao soja paranaense por ele não ser transgênico e por ser produzido dentro de certos critérios ambientais e sociais defendidos pela entidade”. Valença diz também que, quanto a isso, já vêm avançando as discussões preliminares com as províncias européias.

A deputada estadual Luciana Rafagnin, presidente da Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa, já solicitou audiência com o governador Requião, em nome da Fetraf, para discutir uma agenda comum de recepção à comitiva européia e a construção de um plano para se implementar os mecanismos de rastreabilidade, segregação e rotulagem na cadeia produtiva do grão no Paraná. “Não basta a gente defender, e com toda razão, a necessidade de fazermos do Paraná uma área livre de transgênico, se não começarmos desde já a oferecer alternativas que realmente convençam o nosso produtor a não embarcar no discurso das grandes transnacionais”, conclui a deputada.

Jornalista: Thea Tavares (MTb 3207-PR)

Contatos: Com Rui Valença, da Fetraf-Sul/CUT: (49) 3324-7768 ou (54) 9977-0871. Deputada Estadual Luciana Rafagnin – (41) 3350-4087 / 3252-4314. No escritório de Francisco Beltrão: (46) 3524-0939 – ou na Internet: www.lucianapt.org / rafagnin@pr.gov.br.

Comentário:

DOMINGOS JOSÉ DAMICO, engenheiro agrônomo – (domingos.damico@caixa.gov.br)

“Excelente esta proposta do “prêmio” para a soja saudável. Acho que os consumidores têm que sinalizar ao produtor o que querem comer, se alimento de cobaias humanas ou seres humanos, pois o que deve sobrar para os alimentos transgenicos, cada vez mais limitados ao consumo humano, é a destinação ao consumo animal… que precisamos combater também, pois os danos ambientais são idênticos qualquer que seja o destino que se dê à produção transgênica. Continuem na luta. Com o nosso apoio e de todos as pessoas conscientes e de bom senso do planeta!”

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