96% dos estudantes da UFFS são oriundos de escolas públicas e a maioria deles é composta por jovens da Mesorregião Fronteira do Mercosul.

Ensino Superior

Curitiba, PR (07/05/2012) – A Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), por iniciativa da deputada estadual Luciana Rafagnin (PT), lançou o livro “Construindo Agendas e Definindo Rumos”, que traz os resultados da 1ª Conferência de Ensino, Pesquisa e Extensão (COEPE) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A publicação foi lançada em novembro e dezembro do ano passado, respectivamente nas Casas Legislativas dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A universidade federal foi criada pela lei nº 12.029 de 15 setembro de 2009, fruto da luta das organizações da agricultura familiar, movimento de camponeses e movimentos populares das regiões Sudoeste do Paraná, Oeste de Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul. Hoje, a UFFS oferece 39 cursos de graduação, distribuídos em cinco campi, e prevê que ao final de cinco anos de atuação ela conte com 10 mil estudantes.

“A UFFS é uma instituição diferenciada, que nasceu da demanda e da luta populares e privilegia as vocações da economia regional. Oportunidade de continuação dos estudos sempre foi uma das bandeiras dos movimentos ligados à agricultura familiar e luta pela terra para segurar a população jovem no campo. A UFFS, hoje, é uma prova de que não só nossas lideranças estavam certas como a expansão do ensino superior é uma forma de promover o desenvolvimento socioeconômico das regionais mais desassistidas no passado pelo poder público”, disse a deputada Luciana.

O reitor da UFFS, Jaime Giolo, declarou que “o lançamento do livro nos parlamentos representa uma oportunidade ímpar de apresentar a Universidade, seus desafios, as linhas básicas de sua proposta, além de estabelecer com as casas legislativas dos três estados do Sul, onde a UFFS está instalada, canais importantes de comunicação”.

Para o vice-reitor, professor Joviles Vitório Trevisol, “a instituição vem cumprindo com as metas traçadas pelos movimentos populares quando constata que 96% dos estudantes são oriundos de escolas públicas e a maioria deles é composta de jovens nascidos na região”. Trevisol é um dos organizadores da publicação, ao lado das professoras Maria Helena Cordeiro e Mônica Hass. Ele completa que somente a folha de pagamento mensal da sede, em Chapecó, gira em torno de R$ 1,5 milhão. “Se somarmos a folha de todos os campi, são R$ 4,3 milhão injetados diretamente, todos os meses, nas economias regionais dos municípios em que estão instaladas as unidades da UFFS”, disse. “Sem contar as obras da primeira fase de implantação (entre 2010 e 2014) da UFFS, cuja maior parte das empresas vencedoras das licitações são da região”, completou. As obras da primeira fase de implantação da UFFS representam mais de R$ 600 milhões em investimentos do governo federal.

Uma caravana de estudantes dos campi de Realeza e Laranjeiras do Sul prestigiaram a solenidade de lançamento do livro na ALEP. O presidente da Assembleia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), presenteou o reitor com uma escultura de araucária, árvore símbolo do Paraná.

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