Denúncias de professores e trabalhadores da educação dão conta de uma série de irregularidades no processo, a começar pela falta de transparência.
Será aplicada nesta terça-feira (11), na rede pública de ensino do estado, a segunda avaliação da Prova Paraná. Em pronunciamento na sessão plenária de hoje da Assembleia Legislativa a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) cobrou do secretário de Estado da Educação e do Esporte, Renato Feder, explicações e transparência sobre essa avaliação, bem como os detalhes da contratação dos serviços.
Denúncias de professores e trabalhadores da educação dão conta de uma série de irregularidades no processo, a começar pela falta de transparência. “Não se sabe quem é a empresa que foi contratada para prestar esses serviços e nem o valor do contrato. Sabe-se que a aplicação e correção dessas provas estão gerando uma demanda de trabalho extra para os professores, que, aliás, estão como os demais servidores do funcionalismo estadual há mais de três anos sem reajuste salarial e sem data base assegurada”, disse a deputada.
Luciana lembra ainda que além da correção da prova em si, os professores da rede estadual tiveram de, antes, corrigir os gabaritos que foram enviados. “Das 20 questões da prova, onze apresentaram erros de formulação e tiveram de ser corrigidos. Foram feitas erratas para mais da metade da prova”, acrescentou. “Além disso, a disposição do estado ao que parece é de só avaliar as disciplinas de Português e de Matemática, como se as demais não existissem. Após essa avaliação, o governo ainda vai ditar o que os professores devem ensinar, quando já há mecanismos para essa avaliação. São as denúncias, críticas e questionamentos que chegam até nós”, concluiu.
Autor: Thea Tavares