Curitiba, PR (25/05/2020) – Apesar de beneficiárias da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), mais de 305 mil famílias paranaenses não têm zeradas as cobranças na conta de luz. Elas têm de arcar com taxas estaduais, como a do valor do ICMS, municipais, como a da iluminação pública, e com tributos federais, como PIS/PASEP e COFINS. Por isso que, na sessão remota da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) desta segunda-feira (25), a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT-PR) protocolou um pedido ao governador Ratinho Júnior (PSD) para que, especialmente em função das crises provocadas pela pandemia do novo coronavírus, isente essas famílias de baixa renda da cobrança do ICMS e que o estado subsidie a elas a taxa de iluminação pública e os tributos federais embutidos na conta de luz.

No documento encaminhado ao governador, a deputada cita o exemplo de uma família que consome 160  KWh/mês e que, mesmo beneficiária da tarifa social de energia elétrica, ainda tem de arcar com uma conta de luz de aproximadamente R$ 42,00 (quarenta e dois reais). “É um valor que, neste momento, faz muita falta às famílias, que precisam dele para colocar comida na mesa”, disse a deputada Luciana. “O auxílio emergencial complementar do governo do estado, no valor de R$ 50,00, acaba indo quase todo para bancar a conta de luz”, alerta a deputada.

Luciana pondera também que o Paraná tem 851.211 famílias inscritas no CadÚnico, ou seja, cuja a renda familiar mensal per capita não ultrapassa o valor de meio salário mínimo. Destas, apenas 305.725 são beneficiárias da tarifa social da energia elétrica e mais de meio milhão (545.486) de famílias não são contempladas com o benefício. Em pronunciamento na sessão remota, a deputada questionou o desamparo desta última parcela.

Cancelamento do reajuste anual

Luciana Rafagnin ainda solicita ao governador do Paraná que cancele o reajuste anual ordinário, solicitado pela Copel para 2020 e que acontece sempre na metade do ano. “A incidência dos valores do reajuste implica em mais prejuízos e mais sacrifícios para a nossa já tão sofrida população, em meio aos graves problemas decorrentes da pandemia do novo coronavírus. Não faz sentido manter”, conclui. Os pedidos da deputada atendem demanda apresentada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e reforçam a pauta do movimento que foi entregue ao governo do estado no último dia 13 de maio.

Autor: Thea Tavares

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