O objetivo foi discutir de que forma o Governo do Estado, em parceria com as entidades, pode trabalhar com ações para que o Paraná seja declarado área livre de transgênicos. Nesta terça-feira a deputada estadual Luciana Rafagnin participou de uma reunião juntamente com o governador Roberto Requião para discutir com entidades sobre os transgênicos. Estavam presentes representantes da Fetraf-Sul, Cut, CPT, Terra de Direitos e AS-PTA, além do deputado estadual Elton Welter (PT).

O objetivo foi discutir de que forma o Governo do Estado, em parceria com as entidades, pode trabalhar com ações para que o Paraná seja declarado área livre de transgênicos. Requião falou que esta batalha é difícil, mas que o governo vai concentrar todas as forças e fazer o que for possível para deixar o Paraná livre da transgenia.

A deputada Luciana, que é contra os transgênicos, avaliou como muito importante a reunião. “Não podemos ficar parados. É preciso unir forças e combater os transgênicos, pois isso pode afetar não só na exportação da soja, mas também pode influenciar na exportação da carne de frango”.

“Atualmente não temos provas do que o produto transgênico pode causar ao ser humano, por isso é necessário ter cautela. Sou favorável que se continuem os estudos sobre a transgenia. Mas é necessário levar em consideração que no Paraná é proibido o plantio de produtos geneticamente modificados”, completa Luciana.

30% a mais de agrotóxico

Segundo o mestre e doutor da Universidade Federal do Paraná, Victor Alvarez, pesquisas feitas nos Estados Unidos mostram que nos dois primeiros anos de produção há uma redução no uso de herbicidas na soja transgênica, mas que a partir do terceiro ano o processo se modifica fazendo com que a soja exija 30% a mais de glifosato.

Alvarez ainda alerta que há rejeição do consumidor europeu contra a soja geneticamente modificada afetando, inclusive a exportação de aves. “Em consulta a cinco grandes frigoríficos exportadores de frangos e derivados do Sul do País, constatou a preferência por aves alimentadas com ração não transgênica. Inclusive eles têm um processo de rastreabilidade interno para garantir essa condição”. O professor também informou que as empresas européias Unilever, Nestlé, Associte British Foods, Cadbury Schweppes também têm restrições aos produtos geneticamente modificados.

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