As empresas do setor não financeiro lucraram mais durante os três anos e meio do governo Luiz Inácio Lula da Silva do que no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso
Do site do PT Nacional (www.pt.org.br), com informações da Folha On-Line. IVONE PORTES da Folha Online
As empresas do setor não financeiro lucraram mais durante os três anos e meio do governo Luiz Inácio Lula da Silva do que no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Levantamento da consultoria Economática revela que o lucro de 180 empresas não financeiras no segundo mandato de FHC chegou a R$ 71,582 bilhões, contra R$ 213,973 bilhões na gestão Lula, o que representa um crescimento de R$ 142,4 bilhões ou de 198,9%.
Segundo a Economática, a alta das commodities no mercado internacional e o dólar em queda impulsionaram os resultados da indústria e fizeram com que o setor ganhasse espaço em relação aos bancos na gestão Lula.
Excluindo a Petrobras do cálculo, no segundo mandato de FHC as 179 empresas não financeiras analisadas acumularam lucro de R$ 29,2 bilhões, volume 366% inferior aos ganhos de R$ 136,5 bilhões da gestão Lula.
Já o setor bancário no segundo mandato do governo FHC obteve lucro de R$ 31,9 bilhões. No governo Lula os ganhos do setor aumentaram 80%, para R$ 57,6 bilhões.
De acordo com os cálculos da consultoria, outros setores da economia real também apresentam diferenças significativas os dois períodos analisados. É o caso, por exemplo, do setor de energia elétrica, que no segundo mandato de Fernando Henrique apresentou um prejuízo de R$ 17,8 bilhões e nos três anos e meio do governo Lula lucrou R$ 14,7 bilhões.
Vale lembrar que a crise energética, em 2001, prejudicou o desempenho do setor elétrico.
O setor de siderurgia é outro destaque, já que elevou o lucro em 441% entre o segundo mandato de FHC e a gestão Lula, de R$ 5,279 bilhões para R$ 28,554 bilhões.
“Um dos principais motivos do crescimento da lucratividade das empresas não financeiras se foca inicialmente no perfil da cotação da moeda americana nos dois períodos analisados. No segundo mandato de FHC o dólar teve uma valorização de 192,3% o que acabou destruindo o lucro das empresas devido ao alto nível de endividamento em moeda estrangeira que elas detém”, avalia a Economática.
Já durante o governo Lula o dólar teve uma desvalorização de 38,7% até 30 de junho de 2006, permitindo que as empresas obtivessem ganhos financeiros devido à redução das suas dívidas atreladas à moeda estrangeira.
O segundo fator que permitiu aos setores não financeiros um desempenho tão importante no mandato Lula, de acordo com a consultoria, foi a elevada valorização das commodities, que aumentou os níveis de receitas das empresas.
Todos os valores divulgados pela Economática foram ajustados pelo índice de inflação medido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) até 30/06/06.
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