Recebido por mais de 1.200 agricultores familiares de todo o país, o Presidente Lula abriu, na tarde de terça-feira, 22, em Luziânia, Goiás, o I Congresso Nacional da Agricultura Familiar. O congresso de criação da
Da assessoria da Fetraf-Brasil, em Brasília-DF. Foto: Ricardo Stuckert/PR, da Agência Brasil – www.radiobras.gov.br
Recebido por mais de 1.200 agricultores familiares de todo o país, o Presidente Lula abriu, na tarde de terça-feira, 22, em Luziânia, Goiás, o I Congresso Nacional da Agricultura Familiar. O congresso de criação da FETRAF-BRASIL/CUT também foi prestigiado pelos ministros do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, pelos secretários Especial da Pesca, José Fritsch, Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, pelos presidentes da CUT, João Felício, do Consea, Francisco Menezes, da Conab, Luiz Carlos Guedes Pinto, e pelo vice-governador de Goiás, Alcides Rodrigues Filho.
Dirigindo-se especialmente ao presidente Lula, o coordenador-geral da Fetraf-Sul/CUT, representando as 11 federações que estão se unido com a criação da Fetraf-Brasil/CUT, Altemir Tortelli, garantiu que os agricultores familiares estão dispostos a construir um país mais justo, com base em dois grandes pilares: reforma agrária e agricultura familiar. “Não queremos mais ser massa de manobra dos grandes grupos econômicos” – declarou Tortelli, acrescentando que a Fetraf defende um modelo de desenvolvimento agroecológico criado a partir de novas tecnologias.
Num recado direto ao presidente Lula, o coordenador da Fetraf-Sul/CUT destacou a criação do seguro agrícola como uma grande conquista dos agricultores familiares neste governo e aproveitou para reivindicar: “Temos algumas coisas que precisamos consolidar e deixar como marca do governo Lula: uma delas é a garantia de preços justos para aquilo que produzimos. Nós entendemos, também, que um dos programas fundamentais que alavancam a agricultura familiar é o Programa de Aquisição de Alimentos, da Conab”.
O presidente Lula abriu seu discurso destacando a presença de representantes de oito países no Congresso da Fetraf-Brasil. “É importante que haja esse intercâmbio com outros países. Se os países ricos não diminuírem os subsídios agrícolas, paises como a África terão muito mais dificuldade em se desenvolver. A agricultura é para muitos a única possibilidade de ter acesso aos mercados internacionais, a disputa tem que ser mais igual, mais justa”, disse Lula.
Depois de falar sobre a conjuntura internacional, o presidente passou às questões internas, pedindo aos presentes para guardar bem os números que mostram a evolução da agricultura familiar durante os 36 meses do seu governo. “Em dois anos, conseguimos nacionalizar o dinheiro do Pronaf”, afirmou. O presidente explicou que quando tomou posse, o Pronaf tinha 904 mil contratos, concentrados na região sul. “Nesta safra 2004/2005, já temos 1 milhão, 639 mil contratos. Na região nordeste o número de contratos subiu de 285 mil para 568 mil”, informou Lula. O Presidente ressaltou também que o BNDES tem dinheiro para financiar projetos de agroindústria familiar.
Criação da FETRAF-BRASIL/CUT é comentada por ministros
O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto comemorou a criação da Fetraf-Brasil/CUT: “Tenho certeza que o esforço que vocês carregam transforma esse dia num dia histórico para a agricultura brasileira”. O ministro afirmou que a qualidade da representação política, os debates que antecederam o congresso da agricultura familiar criam uma base política-sindical forte para que se possa avançar mais ainda no processo de conquistas do trabalhador do campo no país.
O presidente da CUT, João Felício, disse que a criação de uma entidade nacional para a agricultura familiar é a realização de um sonho, que nasceu em 1994, quando a CUT conheceu a luta do campo. E o Secretário Especial de Agricultura e Pesca, José Fritsch complementou: “Este congresso é tão importante como foi a criação da CUT, um divisor de águas.”
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