“O Sudoeste escolheu a Dilma. Ela, agora, escolhe o Sudoeste”.
Por Luciana Rafagnin, deputada estadual e líder do PT na ALEP
Berço da agricultura familiar no estado e de organizações sociais fortes, que construíram seu desenvolvimento ao longo de décadas, o Sudoeste do Paraná se prepara para receber de braços abertos a primeira mulher eleita democraticamente para governar o Brasil. Dilma Rousseff, em sua primeira visita oficial, virá ao Paraná no dia 12 de julho, às 11h da manhã, no Centro de Eventos de Francisco Beltrão, para lançar o Plano Safra da Agricultura Familiar (2011/2012), que é a política de crédito do governo federal para incentivar e fortalecer o setor. Setor que, por sua vez, é estratégico para assegurar o sucesso das políticas públicas de crescimento econômico com inclusão social dos últimos oito anos, que já retiraram da miséria 48,7 milhões de brasileiros e que geraram um crescimento médio de 68% na renda per capta das pessoas mais pobres e em torno de 10% na renda das mais ricas.
Este ano, serão disponibilizados R$ 16 bilhões, mesmo volume do ano passado. Mas, a partir de uma série de medidas facilitadoras de crédito, seguro e assistência técnica, como a redução dos juros pela metade, a intenção é aumentar o acesso a esses recursos. Para a safra atual cerca de R$ 11 bilhões foram efetivamente contratados. A meta é zerar a conta, fazer com que todo o montante de R$ 16 bilhões disponibilizados realmente chegue até o agricultor.
O governo da Dilma, de aprofundamento das transformações iniciadas com Lula, aposta firme na riqueza gerada pelo trabalho e pela produção de alimentos nas pequenas propriedades rurais e nos assentamentos de reforma agrária. É inédito também o lançamento nacional ser realizado fora de Brasília e a escolha do Sudoeste como palco desse anúncio se deve a um reconhecimento do nosso perfil regional – dos 49.934 estabelecimentos rurais existentes na região, 43.777 são propriedades pequenas, onde predomina a economia de base familiar (87,6%). O mapa do Sudoeste do Paraná é todo recortado por minifúndios produtivos e só é assim porque, em 1957, um levante de posseiros expulsou as companhias colonizadoras e grileiros desta região, assegurando a titulação das áreas às famílias de agricultores que aqui já residiam sobre a terra. Essa foi apenas a primeira de inúmeras conquistas das organizações de agricultores familiares e de trabalhadores rurais do Sudoeste.
Da década de 80 para cá, vieram também os avanços com relação aos benefícios previdenciários, o crédito rural diferenciado, além de conquistas nas áreas de saúde, do ensino superior público e nas políticas de habitação rural e segurança alimentar, paralelamente às lutas das entidades, como o sindicato dos trabalhadores rurais, as cooperativas de crédito, de produção, de comercialização, de habitação e de serviços, entre estes o de assistência técnica e extensão rural (Ater).
O Sudoeste se orgulha de um governo que enxergou as potencialidades da agricultura familiar para espantar de vez os flagelos da fome e da miséria; criou o seguro agrícola, a garantia de preço mínimo, o programa de compra direta e a alimentação escolar. A ação das organizações populares, aliada à sensibilidade de governos comprometidos com as necessidades do seu povo resulta em qualidade de vida. Por isso que, no ano passado, a então candidata à sucessão de Lula, Dilma, foi vitoriosa em todos os 42 municípios da região, com uma média de 60%, o que é superior aos 56% da média de aprovação nas urnas de todo o país. Cada agricultor(a) familiar, cada paranaense, sentem-se abraçados(as), prestigiados(as) e reconhecidos(as) com esse ato oficial da Presidenta da República e com o trabalho das lideranças paranaenses que integram o governo federal, dos nossos ministros ao corpo técnico. O Sudoeste escolheu a Dilma. Ela, agora, escolhe o nosso Sudoeste. Obrigada, presidenta!
.
Luciana Guzella Rafagnin